O Museu de Arte Proibida planeia abordar temas sociais importantes
“As primeiras obras adquiridas pelo empresário foram retratos pixelizados de prisioneiros políticos da Espanha contemporânea e a escultura de Ines Dujac “Not Dressed for Conquest”, que retrata uma camponesa bolivariana feminista a ter intimidade com um rei sentado. Tatxo acredita que pode levantar temas sociais muito importantes. No museu, reservou uma sala que está coberta com trinta tapetes de oração islâmicos. Sobre eles, está colocado o mesmo número de pares de sapatos de salto alto brancos, que reflectem metaforicamente a situação das mulheres árabes. Esta instalação pertence à artista franco-argelina Zoulikha Bouabdella”, explicou Alena Berdova.
A sexualidade é outro grande tema a que é dada muita atenção no novo museu, disse a interlocutora do Lenta.ru. Há exposições sobre temas como o amor entre pessoas do mesmo sexo, religião e conflitos mundiais. Estas obras têm sido criticadas pela sociedade, pelos políticos e pela igreja. Entre elas, há telas de artistas mundialmente famosos.
“A pintura de Picasso “Suite 347”, em que Rafael e Fornarina têm relações sexuais perante o olhar do Papa, foi exibida pela primeira vez em 1968 numa sala fechada e de acesso controlado e, em 2012, foi condenada pela Igreja Ortodoxa Russa. A obra “Civilização Cristã Ocidental”, de Leon Ferrari, que representa Cristo crucificado num avião de guerra F-105, aludindo à guerra do Vietname, na qual morreram mais de um milhão e meio de pessoas, também foi perseguida durante décadas, mas o novo museu acaba de lhe arranjar um lugar”, afirma o bloguista.